É fácil conseguir emprego em Portugal?


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No Brasil a situação não está fácil, nós sabemos.

Segundo os dados divulgados, no mês passado, pelo IBGE o número de desempregados no país aumentou em 1,47 milhão de pessoas de 2016 para 2017.

Actualmente, cerca de 13,23 milhões de pessoas estão em situação de desemprego no Brasil, um aumento de 12,5% em relação ao ano de 2016.
Mas, se por um lado os números são chocantes, por outro, ninguém quer sair do seu país - por pior que seja a situação - para ficar desempregado do outro lado do Atlântico.

Nós também não queremos ver mudanças frustradas, portanto, querem saber como está o mercado de trabalho em Portugal?

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no final de 2017, Portugal tinha 4,803 milhões de pessoas empregadas. Nos últimos anos, apenas em 2010 encontramos um número mais alto. 

Ou seja, Portugal está a recuperar da crise e os números vivenciados no período da Troika, estão a melhorar. 

Ainda de acordo com o INE, essa recuperação deve-se a criação de novos postos de trabalho, com destaque para o sector da hotelaria/alojamento local e restauração.

As profissões com mais candidatos à procura de emprego, segundo os dados do Eures - O Portal Europeu da Mobilidade Profissional, variam de acordo com a zona do país, porém, no Algarve as mais procuradas são empregados de mesa, cozinheiros e pessoal de limpeza.

Já em Lisboa, os pedreiros e similares encabeçam a lista, seguidos dos cozinheiros e motoristas de pesados.

Na região Norte, a procura é alta por parte dos operadores de máquinas de costura, empregados de mesa e pedreiros.

Temos que ter em atenção que, actualmente em Portugal temos excesso de determinadas profissionais, que inclusive têm emigrado para outros países da Europa em busca de trabalho. 

Então, se exerce algum dessas profissões, tenha em mente que não vai ter a vida facilitada na procura de trabalho ao decidir mudar-se para cá:


a)  Professores do ensino secundário (em diversas áreas disciplinares);

b)  Profissionais graduados nas áreas da economia, gestão e outras ciências empresariais (incluindo contabilidade);

c)  Profissionais graduados em ciências sociais e humanas (psicólogos, técnicos de serviço social, historiadores, etc.);

d)  Profissionais na área de marketing, publicidade e vendas;

e)  Profissionais em diversas áreas da engenharia e afins (engenheiros civis, engenheiros mecânicos, arquitectos e engenheiros químicos, electrónicos, etc);

f)   No sector da saúde, farmacêuticos,  técnicos de radiologia, técnicos de análises laboratoriais e fisioterapeutas;

g)  No segmento do turismo, recepcionistas de hotel, gestor de restaurantes e técnicos e consultores de viagens;

h)  No segmento das tecnologias da informação.

Nas áreas menos qualificadas, também temos muita mão de obra disponível nas seguintes funções:


a)   Construção - pedreiros, electricistas e carpinteiros;

b)   Indústria -  electromecânicos;

c)   Hotelaria e restauração - empregados de balcão;

d)   Comércio - vendedores de loja;

e)   Serviços de limpeza e serviços pessoais - ajudantes familiares ou cuidadores de crianças;

f)    Administrativos e dos transportes e logística - motoristas de veículos pesados.
 
Em contrapartida, segundo a mesma fonte, Portugal está deficitário de engenheiros de informática com perfis de especialização muito próprios e médicos em especialidades diversas.

No verão (quase exclusivamente) sentimos necessidade de mais mão de obra no sector do turismo e restauração, como cozinheiros, empregados de mesa e bar.

Também em carácter sazonal, há falta de mão de obra na agricultura, para apanha de fruta e produtos hortícolas.

Se fala outros idiomas, pode ter uma boa chance de emprego nos Call e Contact Centres /Business Support Centres e dos Centros de Serviços Partilhados – também nas funções administrativas, de recursos humanos, de contabilidade e de controlo de gestão - pois o mercado procura trabalhadores com conhecimentos linguísticos diversos e cuja a oferta é muito reduzida.

Sim, é verdade que ainda assim, continua a ser difícil prever o futuro em terras lusas, mas também há outras dicas que tornam a sua mudança mais segura a nível de emprego:

Em Portugal temos o IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P., que nada mais é do que uma agência pública de recrutamento.
Através deste link você fica a saber as ofertas de trabalho disponíveis em todo o país.

É também através do IEFP que você pode conhecer as Empresas de trabalho temporário. São muitas opções e através delas você pode entrar no mercado de trabalho, começando por uma opção temporária, mas com perspectiva de estabilidade. 

O velho e bom jornal continua a ser um instrumento na procura de emprego, ou pelo menos para ter uma melhor percepção do mercado de trabalho. Alguns dos mais populares são o Expresso Emprego, Jornal de Notícias e  O Público.

Dê uma olhada e esteja seguro da sua escolha quando decidir mudar de país.

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