Algumas diferenças que os brasileiros encontram em Portugal


Acredite que não são poucas!



Quando chegamos em Portugal somos surpreendidos por uma avalanche de diferenças culturais que não estávamos nada à espera.
Enquanto à primeira vista tudo parece igual ao Brasil, numa segunda vista de olhos, não é bem assim.

Começando pelo cafézinho.
Aqui pedir um café pode tornar-se uma tarefa muito complexa! O café, é sempre o expresso. Se não quiser expresso, tem que pedir um abatanado.
Entre os cafés, podem ser: curtos, duplos, cheios, cariocas, sem início... e todos eles podem ser em chávena escaldada ou em chávena fria!
É preciso um verdadeiro mestrado para percebermos qual é o café que é tirado à nossa medida.

E aí você olha para aquele croquete, lindo! E quando vai comer... está completamente frio! Sim, os salgados aqui são todos servidos frios e se quiser que seja aquecido, só mesmo no micro-ondas... não vale a pena, pois não?

Se quiser ser mal recebido numa loja ou pastelaria, basta entrar e não começar qualquer frase com “Bom dia”, “Boa tarde” ou “Boa noite”. Isto aqui é mesmo visto como falta de educação. Então atenção, “Em Roma, sê Romano”.

As faixas de pedestres, que no Brasil são praticamente decoração da estrada, aqui são mesmo levadas a sério. Os carros todos param para os pedestres passarem, basta eles se aproximarem da faixa.

Em Portugal os restaurantes - tirando os que estão nas zonas extremamente turísticas - não ficam abertos o dia todo. Abrem para o almoço, fecham e voltam a abrir para o jantar.
Portanto, não pensem que vão encontrar algum lugar para almoçar as 16h, pois vão “ficar a ver navios”.
Os horários também valem para o jantar, os restaurantes encerram a cozinha cedo, então não vale a pena chegarem depois das 22h, pois vai ser difícil quem os receba.

Os ônibus – autocarros ;) – não param nunca fora do ponto. Ou você está na paragem ou não o vai apanhar.
Mesmo que você apareça com os pulmões a saltarem pela boca, tendo o ônibus já saído do ponto, não conte que o motorista faça o favor de parar.

Por falar em motoristas, os de Portugal são “ninja”.
Os ônibus não têm trocador, então são os motoristas que, além de conduzirem, vendem os bilhetes e fazem os trocos.
Por isso, aqui entramos sempre pela porta da frente e saímos pela porta de trás!

Apesar dos portugueses dizerem que há muitos maus condutores que não respeitam as regras de trânsito, acreditem que respeitam! O trânsito aqui flui bem e não há carros a fazerem do acostamento uma nova faixa de rodagem. Quando conto que no Brasil fazemos isso, nenhum português acredita!

Aqui, ao tratarmos alguém de maneira formal, não o tratamos por “tu”, conjugamos o verbo como “você” e podemos tratar o próprio na terceira pessoa.
No início é difícil habituar-se, mas é comum falarmos com o Paulo assim: “O Paulo vai jantar connosco?”. Estranho, não?

Uma refeição completa que se preze, começa com sopa, depois vem o prato principal e há sempre o café. O pão acompanha a refeição toda.
Os portugueses adoram comer pão durante as refeições e os pães daqui não têm nada a ver com os pães do Brasil.

Em Portugal venta muito, o vento no verão estraga os dias de praia. Acreditem que não é agradável, pois não estamos a falar de uma brisa. Então, quando dizem que o tempo está ventoso, preparem o casaco.

Aqui, os pais cuidam dos filhos de igual para igual com as mães. Dão banho, comida, trocam a fralda, põem para dormir, apanham e levam para escola. Inclusive, em muitas casas são os homens que cozinham e os que não o fazem arranjam outras maneiras de ajudarem nas tarefas domésticas.

A acompanhar as refeições há muito vinho.
Principalmente a geração mais velha, não dispensa um copo de vinho ao almoço e outro ao jantar.

Vindo para cá, principalmente para viver, durante muito tempo vão descobrir coisas novas e ficarão surpresos.
Passados alguns anos, os hábitos portugueses já estarão tão intrínsecos ao vosso dia-a-dia que será difícil imaginar que nem sempre fizeram parte da sua vida.
E isso é a tão falada capacidade de adaptação!

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