Água na boca - doçaria em Portugal
Alerta gulosos - este artigo é para si!
Em 2017, Portugal recebeu 12, 6 milhões de turistas estrangeiros, sendo que 869 mil são vindos do Brasil.
Mas pessoal, não venham só pelos monumentos, pelo
povo hospitaleiro e pela comida e bebida. Venham também conhecer os nossos
doces e vão ver que vão ter vontade de se mudar para Portugal num ápice - se é
que já não têm.
Neste artigo eu vou só nomear o que eu considero o meu top 5. E
com isto já estou a avisar, que vou deixar iguarias inigualáveis de fora, que
também tem de experimentar quando cá vierem.
Mas matando a vossa curiosidade e voltando ao meu top 5:
1.
Pastel de Tentúgal
2.
Queijadas;
3.
Pastel de Nata;
4.
Pudim Abade Prisco;
5.
Ovos Moles de Aveiro.
O meu número 1. não podia deixar de ser o pastel de Tentúgal,
afinal grande parte da minha vida vivi na zona centro do país. A origem do
pastel de Tentúgal remonta ao início do século XIX e a receita foi criada pelas
freiras Carmelitas do Convento de Tentúgal.
O pastel de Tentúgal é feito através de sobreposições de massa
folhada e recheado com doce de ovos. Uma iguaria J.
Mas quando estiver em Tentúgal não deixe de provar as queijadas
de Pereira e de Tentúgal, a barriga de freira ou espigas de Montemor – o - Velho.
O meu número 2. é difícil, pois há tantas queijadas diferentes em Portugal, mas tantas, todas diferentes e
todas saborosas.
E pode encontrá-las em quase todas as zonas do país: Sintra,
Graciosa (Açores), Pereira, Tentúgal, Vila Franca (Açores) etc.
Com tanta diversidade é quase impossível eleger uma favorita.
Mas tal como o nome indica, na sua composição, a queijada tem
sempre queijo, sendo que há queijadas com intenso sabor a queijo e outras nem
tanto.
Mas quando estiver cá prove todas. São todas tão boas!
O pastel de Nata – é provavelmente o doce mais turístico de Portugal
– sendo cada vez mais comercializado no Estrangeiro.
O pastel de nata tem a sua origem nos famosos pastéis de Belém
(que ainda hoje detém o segredo da receita original e só lá podem ser denominados por
pastel de Belém).
Conta a história, que em 1837, em Belém, os clérigos do Mosteiro
dos Jerónimos colocaram à venda uns pasteis que tinham na sua composição massa folhada
e doce de ovos. A base do doce de ovos é o uso de muitas gemas resultantes da extensa
criação de galinhas do Mosteiro.
São maravilhosos e são fáceis de encontrar à venda no Brasil e
em qualquer país asiático, imaginem só!
Agora, provavelmente o doce que menos reúne consenso, o pudim de
abade prisco.
Imagine, na sua composição leva toucinho, leu bem, toucinho
(preferencialmente gordo) de porco.
Mas, quando está a comer você nem lembra que tem esse ingrediente, que poderia causar estranheza, de
tão saboroso que é.
É um doce originário de Braga e uma criação de Manuel Joaquim
Machado Rebelo, commumente conhecido pelo Abade de Priscos, que foi um gastrónomo
português que se destacou no séc. XIX pelas suas receitas.
E por fim, mas não menos bons, os ovos moles de Aveiro.
São fantásticos!
Os ovos moles como os demais aqui listados tem a sua origem na
doçaria conventual.
Todos os conventos portugueses sempre tiverem excedente de ovos,
assim, as freiras enquanto usavam as claras para engomar as vestes, criavam doces
incríveis com as gemas.
E basicamente ovos moles é gemas com açúcar. Mas não pense que é
enjoativo. O doce de ovos moles é sempre embrulhado em folhas de hóstia que é
moldada nas mais diversas formas criativas, sempre associados ao histórico marítimos
dos Portugueses, e assim, pode saborear os seus ovos moles em formato de cavalo
marítimo, búzios, conchas e pequenos barris.
Seja bem-vindo a Portugal, saboreie os nossos doces e se precisar fale connosco.
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